O dia das mães nesse mês de maio de 2024 será diferente. Unindo a Solenidade da Ascensão do Senhor com os noticiários que não param de apresentar temas candentes, podemos nos perguntar: que título dar às nossas mães nesse ano?
Enquanto o Brasil enfrenta a terrível enchente que colapsou o Rio Grande do Sul, com mais de 136 mortos, 131 desaparecidos, 756 feridos e mais de 2 milhões de pessoas afetadas diretamente pelos temporais. O Mundo fica atento às tensões entre a Rússia e a União Europeia, a guerra na Faixa de Gaza, e as ameaças da China e da Coréia.
Diante de todas essas notícias, teremos, em contrapartida, uma comemoração tão especial, o dia das mães, que neste ano cai na Solenidade da Ascensão do Senhor. E refletindo sobre essa data, nesse mês que nos apresenta tantos suspenses, somos levados a perguntar:
Quantas mães não terão perdido seus filhos?
Quantos filhos não terão perdido suas mães?
O que restaria para essas pessoas senão as lembranças, o aprendizado, o carinho, regados com tantas saudades e lágrimas?
Diante desses sentimentos, como comemorar o dia das mães? Qual seria o melhor título a ser lembrado?
Mães inesquecíveis!
No livro do Êxodo, enquanto o povo escolhido continuava seu caminho rumo à Terra Prometida, disse o Senhor: "Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá." (Ex 20, 12).
Esse Mandamento prescreve obedecer aos pais e ser fiel aos ensinamentos que eles nos transmitem. Os pais, portanto, são nossos primeiros professores, mas é inegável que a mãe tem uma missão ainda mais próxima ao filho na educação.
Entre as mães que formaram grandes santos podemos distinguir Margarida Occhiena, conhecida por mamãe Margarida, a mãe do grande São João Bosco.
Atenta e vigilante, costumava dizer às crianças: "lembrem-se de que Deus os está sempre vendo". E exemplo de vida interior, não permitia que seus filhos se afastassem da oração, perguntando com frequência se já tinham concluído as orações.
E embora incentivasse os estudos de Dom Bosco, acrescentava: "Muito bem! Estude o seu latim, aprenda Teologia; mas sua mãe sabe mais do que você: sabe que deve rezar! Quem reza se salva!".
O exemplo e dedicação de Margarida é até hoje lembrado na família Salesiana, tornando uma presença espiritual fundamental.
Outra mãe que marcou a história foi Santa Mônica, a mãe que alcançou a conversão de Santo Agostinho pelas preces e lágrimas: "Enquanto minha mãe, vossa fiel serva, junto de Vós chorava por mim, mais do que as outras mães choram sobre os cadáveres dos filhos".
Mãe, uma palavra doce em todas as línguas.
Com todos esses exemplos maternais podemos facilmente concluir que nossa mãe pode ser considerada como a nossa primeira professora. Pois foi ela quem nos ensinou a caminhar, que teve o carinho de nos ajudar a falar, que nos corrigiu quando errávamos, que chorou conosco nossas dores, e, maior alegria; que nos ensinou a rezar, e nos levou a Igreja.
Em Inglês, Mother.
Em Espanhol, Madre.
Em Francês, Mère.
Em Hindi, माँ (maan)
Em Chinês, 母亲 (Mǔqīn)
Em Grego, μητέρα.
Em Latim, Mater.
Em Alemão, Mutter.
Estudando a palavra "mãe" em diversas línguas, encontraremos uma familiaridade linguística enorme! E isso pode ser explicado pelo amor que em todas as épocas, em todas as nações foi sempre crescendo. Porque "qual a mãe que se esquece de seu filho? Se ela se esquecer Eu não me esquecerei de ti!" (Is 49, 15).
Mãe, nossa primeira professora
Assim, relacionando mãe e filho com o velho adágio "diga com quem andas, que eu direi quem és", podemos também afirmar, "diga quem é sua mãe, que lhe direi quem és". Pois a primeira professora dos filhos é a própria mãe.
Mas infelizmente esse dia das mães do ano de 2024 não será de alegria para todas as pessoas, porque sabemos que muitos filhos perderam suas mães, e que muitas mães perderam os seus filhos, mas não apenas pelas terríveis enchentes no Sul do Brasil, ou nas guerras que o mundo enfrenta. Outro modo mais sutil tem "matado" mais mães. E consequentemente aniquilado mais filhos. E isso acontece quando as mães esquecem que são as principais professoras para os filhos, ou quando os filhos esquecem dos bons ensinamentos das mães.
Mãe ou madrasta?
Que este ano de 2024 seja para nós refletirmos sobre a característica pedagógica de nossas mães. E que as mães reflitam sobre seus exemplos e como estão ensinando aos filhos o caminho do céu, como Nosso Senhor ensinou aos seus discípulos na Solenidade da Ascensão, e deixando Sua própria Mãe como modelo e caminho.
Então, diante de tantas crises que nosso Brasil e o Mundo enfrenta, são fortes aqueles que souberam assimilar os bons conselhos das mães, e que não deram ouvidos às "madrastas" das trevas com seus maus exemplos perversos.
E para isso, meditemos um instante nessa história inspiradora que recolhemos no vídeo abaixo. Nele conheceremos, em poucos minutos, uma mãe que fez a diferença, enfrentando dramas e problemas. Mas que nunca esqueceu que ser mãe, é para toda a vida, e sobretudo nas situações mais difíceis.
Que essa história possa ser ainda ocasião para um crescimento espiritual de todas as mães. E uma nova etapa de fidelidade à essa vocação. Ser mãe, ser professora dos filhos. Ser exemplo de santidade!
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