Fala-se muito sobre os direitos da criança no mundo contemporâneo; entretanto, não se propicia a educação de uma dimensão muito importante para o ser humano: a espiritual.
As dimensões do ser humano
Como um microcosmos, referenciado pela filosofia grega ainda antes da vinda de Cristo, o homem e a mulher se constituem como um polo onde todas o universo se reúne. Se por um lado estamos repletos dos reinos minerais e vegetais, em nossa constituição, e possuímos instintos como os animais mais desenvolvidos possuem, também fomos tocados pelas asas dos anjos e pela graça, que é a vida divina presente em seus filhos.
Assim, como dimensões primárias do ser humano, podemos elencar as biológicas, tudo que envolve nosso corpo e nossa existência material. Para educarmos esta dimensão, é necessário que a criança entenda as suas necessidades, fome, sede, fadiga, dor, entre outras, e que, na medida do possível, os pais e educadores as sanem com responsabilidade.
Mas a verdadeira educação não pode se pautar apenas nas necessidades biológicas; a próxima dimensão é a psicológica. Ainda coordenada com o corpo, esta dimensão se agiganta para além do material: é a mente do jovem e da criança, este produto maravilhoso que foi dado apenas aos humanos por Deus, esta conexão misteriosa entre cérebro, corpo e uma centelha de inteligência.
Por fim, para não nos alongarmos, a educação ainda precisa contemplar outras dimensões, tão importantes e vitais como as anteriores: a social e a espiritual. E aqui começa o problema da educação contemporânea.
A inflamação do social
Com os recentes avanços sociais no mundo digital, os jovens e as crianças vão aprendendo sobre a sociedade através das redes sociais. Com a artificialidade de uma vitrine que mostra um produto mais vistoso e mais mentiroso do que realmente é, parece ao pequeno que, se ele não alcançar os status pregados pelas redes, ele não é digno de respeito, de felicidade.
Assim, abandona-se a educação da dimensão social nas escolas e nos lares pela educação da internet. Mas a moda é vazia, já que muda constantemente e sem um padrão definido. Com certeza essa volubilidade já começa a causar problemas nervosos, resultado de uma inflamação do social sobre o bem-estar psicológico.
E para piorar, a educação para aí; o importante é estar integrado a uma sociedade veloz, relativa e artificial; no meio disso, ainda se prega a necessidade de manter uma sanidade psicológica e uma integridade física deliciosa.
A dimensão espiritual e a educação moral
A dimensão mais alta no ser humano, a que faz ele transcender a sua própria natureza, não tem lugar na educação moderna: o espírito e a alma são ignorados. A relação com um absoluto, fruto da virtude da religião, também não importa. E, com isso, abandona-se a principal maneira de se moldar o caráter: a educação moral.
A educação moral se baseia nos princípios que o Criador instituiu em nosso ser: fazer o bem e evitar o mal. De lá para cá, as leis e costumes vem seguindo este modelo de princípio para criar uma vida social que seja no mínimo suportável, e com o ideal de transformar a sociedade em uma antessala do paraíso celeste.
Quando, em casa e nas escolas, os jovens e as crianças assumem que não tem uma alma, que não tem uma relação com um criador que um dia os cobrará pelos seus atos, com bondade, mas com responsabilidade também, não importa o direito dos outros e os seus próprios deveres. Por isso a educação moral é necessária: para dar o norte às demais dimensões do ser humano.
A Fides et Ratio Edições e Ensino vem se esforçando para fazer presente, na educação dos jovens e das crianças, obras literárias que eduquem também a dimensão espiritual. Junte-se a nós nessa nova cruzada e encomende obras sobre a educação moral agora.
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